Nicolas Hulot

Nicolas Hulot

Jornalista e ambientalista francês.

Os 100 princípios de Nicolas Hulot para “um novo mundo”

O ex-ministro da transição ecológica e solidária de Macron apresenta suas propostas para o pós-Covid-19: “Reparar o mundo, deslocalizar sectores inteiros da economia, ouvir os jovens, dar dignidade para todos, entre muitos outros…”

Em 10 de maio de 1994, Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul, eleito duas semanas antes, proferiu um discurso de inauguração que marcou a história. Ele defendeu em particular os valores da reconciliação e declarou: “Chegou a hora de curar nossas feridas. Chegou a hora de reduzir o abismo que nos separa. O tempo para a construção está se aproximando.”

Aproximando-se do desconfinamento, inspirado nessa frase de Mandela, Nicolas Hulot, ativista ambiental e ex-ministro da transição ecológica e solidária de Emmanuel Macron, decidiu dar, à sua maneira, o seu “chegou a hora”com cem princípios fundadores de um novo mundo para a pós-crise do Covid-19, que ele anuncia em um apelo ao “Mundo”.

A Fundação Nicolas Hulot conta com um site para convidar as pessoas à endossarem estes princípios e irem além da teoria.

1. Chegou a hora, juntos, de lançar as primeiras pedras de um novo mundo.

2. Chegou a hora de transcender o medo em esperança.

3. Chegou a hora de uma nova maneira de pensar.

4. Chegou a hora da lucidez.

5. Chegou a hora de traçar um horizonte comum.

6 Chegou a hora de não sacrificar mais o futuro pelo presente.

7. Chegou a hora de resistir ao destino.

8. Chegou a hora de deixar o futuro decidir por nós.

9. Chegou a hora de parar de mentir um para o outro.

10. Chegou a hora de reviver nossa humanidade.

11. Chegou a hora da resiliência.

12. Chegou a hora de cuidar e reparar o planeta.

13. Chegou a hora de lidar com as raízes das crises.

14. Chegou a hora de compreender todas as crises ecológicas, climáticas, sociais, econômicas e de saúde como uma mesma crise: uma crise de excesso.

15. Chegou a hora de ouvir os jovens e aprender com os anciãos.

16. Chegou a hora do vínculo.

17. Chegou a hora de apostar na ajuda mútua.

18. Chegou a hora de aplaudir a vida.

19. Chegou a hora de honrar a beleza do mundo.

20. Chegou a hora de lembrar que a vida depende de um fio.

21. Chegou a hora de se reconciliar com a natureza.

22. Chegou a hora de respeitar a diversidade e a integridade dos seres vivos.

23. Chegou a hora de deixar espaço para o mundo selvagem.

24. Chegou a hora de lidar com os animais respeitando seus próprios interesses.

25. Chegou a hora de reconhecer a pluralidade humana.

26. Chegou a hora de ouvir os primeiros povos.

27. Chegou a hora de cultivar a diferença.

28. Chegou a hora de ativar nossa comunidade de destino com a família humana e todos os seres vivos.

29. Chegou a hora de reconhecer nossa vulnerabilidade.

30. Chegou a hora de aprender com nossos erros.

31. Chegou a hora de fazer um balanço de nossas fraquezas e virtudes.

32. Chegou a hora de se adaptar às fronteiras planetárias.

33. Chegou a hora de mudar o paradigma.

34. Chegou a hora de transformar um sistema desatualizado.

35. Chegou a hora de redefinir fins e meios.

36. Chegou a hora de restaurar o significado do progresso.

37. Chegou a hora da indulgência e da exigência.

38. Chegou a hora de nos libertarmos dos dogmas.

39. Chegou a hora da inteligência coletiva.

40. Chegou a hora de uma globalização que compartilhe, colabore e dê aos mais fracos.

41. Chegou a hora de preferir o comércio justo ao livre comércio.

42. Chegou a hora de globalizar o que é virtuoso e desglobalizar o que é prejudicial.

43. Chegou a hora de definir, preservar e proteger os bens comuns.

44. Chegou a hora da solidariedade universal.

45. Chegou a hora da transparência e da prestação de contas.

46. Chegou a hora de uma economia que preserva e redistribui a todos.

47. Chegou a hora de pôr fim à desregulamentação, especulação e evasão fiscal.

48. Chegou a hora de apagar a dívida dos países pobres.

49. Chegou a hora de se libertar da política partidária.

50. Chegou a hora de sair de ideologias estéreis.

51. Chegou a hora das democracias inclusivas.

52. Chegou a hora de aprender com os cidadãos.

53. Chegou a hora de aplicar o princípio da precaução.

54. Chegou a hora de gravar em lei os princípios de uma política ecológica, social e civilizacional.

55. Chegou a hora de desafiar o determinismo social.

56. Chegou a hora de fechar as desigualdades do destino.

57. Chegou a hora da igualdade absoluta entre mulheres e homens.

58. Chegou a hora de alcançar os humildes e os invisíveis.

59. Chegou a hora de expressar mais do que apenas gratidão àqueles, geralmente estrangeiros, que em nossos países, ontem e hoje, realizam tarefas ingratas.

60. Chegou a hora de priorizar os empregos que tornam a vida possível.

61. Chegou a hora do trabalho florescer.

62. Chegou a hora do advento da economia social e solidária.

63. Chegou a hora de isentar os serviços públicos da lei do desempenho.

64 Chegou a hora de realocar seções inteiras da economia.

65. Chegou a hora da coerência e do redirecionamento de nossas atividades e investimentos para o útil e não para o prejudicial.

66. Chegou a hora de educar nossos filhos a serem seres cívicos, viver juntos e ensiná-los a habitar a terra.

67. Chegou a hora de estabelecer limites para o que dói e nenhum para o que cura.

68. Chegou a hora da sobriedade.

69. Chegou a hora de aprender a viver de maneira mais simples.

70. Chegou a hora de recuperar nossa felicidade.

71. Chegou a hora de nos libertarmos de nossos vícios consumistas.

72. Chegou a hora de desacelerar.

73. Chegou a hora de viajar para perto de casa.

74. Chegou a hora de nos livrarmos do nosso condicionamento mental individual e coletivo.

75. Chegou a hora de dar à luz desejos simples.

76. Chegou a hora de distinguir o essencial do supérfluo.

77. Chegou a hora de arbitrar o possível.

78. Chegou a hora de desistir do que compromete o futuro.

79. Chegou a hora da criatividade e do impacto positivo.

80. Chegou a hora de vincular nosso “eu” a “nós”.

81. Chegou a hora de acreditar nos outros.

82. Chegou a hora de revisitar nossos preconceitos.

83. Chegou a hora do discernimento.

84 Chegou a hora de admitir complexidade.

85 Chegou a hora de sincronizar ciência e consciência.

86. Chegou a hora da unidade.

87. Chegou a hora da humildade.

88. Chegou a hora da bondade.

89. Chegou a hora da empatia.

90. Chegou a hora da dignidade para todos.

91. Chegou a hora de declarar que o racismo é a pior forma de poluição mental.

92. Chegou a hora da modéstia e ousadia.

93. Chegou a hora de preencher a lacuna entre nossas palavras e nossas ações e agir em grande escala.

94. Chegou a hora em que todos devem fazer sua parte e ser o arquiteto do mundo de amanhã.

95. Chegou a hora do compromisso.

96. Chegou a hora de acreditar que outro mundo é possível.

97. Chegou a hora do ímpeto desenfreado de abrir novos caminhos.

98. Chegou a hora, com base nesses princípios, de escolher, incentivar e apoiar nossos líderes ou representantes.

99. Chegou a hora de todos dar vida a este manifesto.

100. Chegou a hora de criar um lobby de consciência.

Fonte: https://www.lemonde.fr/idees/article/2020/05/06/les-100-principes-de-nicolas-hulot-pour-un-nouveau-monde_6038802_3232.html

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