Marília Miragaia

Marília Miragaia

Jornalista

Roteiro virtual por Nova York reúne música, museu, parque e até comida

Alguns dilemas dos viajantes online lembram aqueles de tempos pré-coronavírus. Decidir aonde ir e como fazer o passeio (sozinho ou com um guia?), por exemplo, são duas questões que se impõem também para as jornadas na internet.

Depois de testar sites, vídeos interativos e podcast, esta repórter preparou o roteiro virtual de um fim de semana em Nova York (EUA). Tem música, museu, parque e até comida, em uma programação espalhada ao longo dos dias.

Manhã de sol na praia

Comece andando pelos calçadões de Coney Island, praia símbolo do verão nova-iorquino ao sul do Brooklyn, em um dia de sol, com barulho do mar e crianças brincando.

O passeio, produzido pelo projeto I Love NY 360 (iloveny360.com/locations/coney-island), permite ver também os brinquedos do Luna Park, que nasceu em 1903, pegou fogo e foi reaberto em 2010.

Curta o clima de nostalgia do cenário que é base para o filme “Roda Gigante” (2017), de Woody Allen, antes ir para Manhattan. Se quiser entrar na ilha do jeito clássico, passe pela Brooklyn Bridge (360cities.net/image/the-brooklyn-bridge-in-new-york-city).

Almoço com chef multimídia

Na hora do almoço, conheça o trabalho do chef David Chang e se inspire com suas receitas. Entre suas casas, destaque para o Momofuku Ssäm Bar (ssambar.momofuku.com), em East Village, onde se come o bun de porco (pão no vapor) que ganhou o mundo.

Por trás do menu, um cozinheiro conhecido por misturas de ingredientes incomuns e por ser multimídia. Chang já teve revista (“Lucky Peach”), tem série na Netflix (“Ugly Delicious”), podcast no Spotify (The Dave Chang Show) e vídeos no Youtube em que ensina receitas como o frango frito com crosta de macarrão instantâneo (youtube.com/watch?v=JsFAu92XI0I).

Tarde no museu

Com ajuda do Google Maps (google.com.br/maps), vá andando a partir do restaurante Momofuku até a a próxima parada: o Whitney Museum of American Art. Segure o boneco em cima da 13th Street e siga em linha reta, passando por baixo do parque High Line.

Vire à esquerda para ver as fachadas assimétricas do museu que contrasta com a arquitetura industrial da área. O projeto atual é assinado por Renzo Piano, dono de um Pritzker e um dos autores do Centre Pompidou, em Paris.

A coleção online do museu (whitney.org) abarca a arte americana do século 20 até hoje e tem exposições como “Vida Americana: Mexican Muralists Remake American Art, 1925–1945” (Vida Americana: Muralistas Mexicanos Refazem a Arte Americana), apresentada em um vídeo.

Quando acabar, você encontra, quase na saída do Whitney, o High Line, linha férrea suspensa que virou parque. Dá para fazer uma caminhada de 30 minutos com a ajuda de um vídeo do canal ActionKid (youtube.com/watch?v=Z0r71cBrw3c) ou eleger um ponto e apreciar a vista (artsandculture.google.com/streetview/the-high-line/mwGq2BLstrO_2Q).

Hora do concerto

O desfecho do dia acontece com uma apresentação que pode ser vista em 360º no Carnegie Hall, que recebeu os Beatles, Frank Sinatra e o histórico concerto da bossa nova em 1962. Neste show (youtu.be/YERHP5wp_zw), a Philadelphia Orchestra apresenta “In the Hall of the Mountain King”, de Edvard Grieg, com um bônus: acompanhar de perto cada instrumentista.

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